Pular para o conteúdo principal

adoro patrick jouin adoro o trabalho do rapaz

Design francês mistura ecologia e formas orgânicas

PUBLICIDADE

SILAS MARTÍ
da Folha de S.Paulo, enviado especial a Brasília
Tem um passado bélico o design de Saint-Étienne. A cidade francesa, hoje o maior centro de design do país, era um polo de produção de armas de guerra e tinha até uma escola de belas artes para desenhar fuzis e revólveres. Mas faz dez anos que o chumbo ficou mais leve, e os designers de lá buscam o que chamam de poesia do gesto.

Divulgação

Lustre do francês Patrick Jouin que pode ser visto no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo
"O design serviu para a conversão econômica da cidade", resume Josyane Franc, curadora da Bienal de Design de Saint-Étienne. Espécie de vitrine da produção de design na França, chegou à décima edição no ano passado e tem agora sua primeira itinerância no Brasil. Objetos da última edição expostos em Brasília, no Centro Cultural Banco do Brasil, atestam essa conversão do chumbo grosso em leveza, traços menos rígidos, uma abertura para o humor e toques decorativos.

Um banco feito para o metrô de Paris traz a estampa de uma paisagem, margeada por placas de madeira escura. Sem medo de ser figurativo, até mesmo kitsch, ilustra essa ideia de injetar uma beleza declarada, mais óbvia no mobiliário urbano.

"É uma reflexão sobre como viver na cidade do amanhã", diz Franc. "É um objeto que pode se integrar à paisagem. Não é nada pesado, duro, depurado."

De fato, nada nessa leva de design francês parece depurado, duro. Formas orgânicas se multiplicam como vírus, numa nova ditadura de curvas, floreios. Os irmãos-celebridade Ronan e Erwan Bouroullec criaram uma divisória de ambientes em forma de algas que se alastram pelas paredes.

Thomas Goux fez um espelho emoldurado por silhuetas de animais e luzes que pontuam uma perspectiva imaginária, como um trajeto para dentro do reflexo. Não causa nenhum tipo de alvoroço nem é nenhuma obra-prima, mas é indício dos rumos desse design.

Sabendo que os animais nas bordas são ameaçados de extinção, está entregue outro pilar do desenho francês, o foco no ecológico, às vezes ingênuo.

Novo art nouveau

Patrick Jouin atinge melhor o equilíbrio entre poético e sustentável. O francês que desenhou as bicicletas públicas de Paris tem essa e outras obras em individual no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.

A Vélib, misto dos termos franceses para bicicleta e liberdade, virou símbolo do transporte ecológico, de bem com a vida, e ao mesmo tempo um aceno criativo aos volteios da art nouveau, estilo que domina o mobiliário urbano de Paris. "Não é só para ser ecológico", diz Jouin. "É um desenho que remete ao mobiliário parisiense, à forma vegetal. As bicicletas parecem folhas ao vento."

BIENAL DE SAINT-ÉTIENNE
Quando: ter. a dom., das 9h às 21h; até 23/8
Onde: Centro Cultural Banco do Brasil - Brasília (SCES, Trecho 2, Conjunto 22, tel. 0/xx/61/3310-7081)
Quanto: entrada franca

PATRICK JOUIN
Quando: ter. a dom., das 11h às 20h; até 27/9
Onde: Instituto Tomie Ohtake (av. Brig. Faria Lima, 201, tel. 0/xx/ 11/2245-1900)
Quanto: entrada franca

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

My coffee-table book MOTEL | HOTEL featuring Todd Sanfield is now sold-out. I want to thank everyone who purchased a copy.

to^ bonsai

Les fraises Sarah Bernhardt d’Escoffier chez Benoit Paris « Rendre hommage au plus grand cuisiner français du 19e, c’est un devoir de mémoire » nous raconte Eric Azoug, le chef du restaurant Benoit. Cet été les clients du restaurant pourront découvrir un dessert d’Auguste Escoffier : « Les fraises Sarah Bernhardt ». Inspiré par la célèbre comédienne, ce dessert est une petite merveille de douceur et de fraîcheur... Les fraises sont mises à macérer dans le curaçao, elles sont ensuite dressées en timbale au moment de servir, sur un socle de mousse glacée au curaçao et accompagnées d’un sorbet à l'ananas. www.benoit-paris.com