Não foi nada fácil ontem! A locação escolhida por Walério Araújo foi o incrível Museu da Língua Portuguesa, e se deu bem quem foi de metro ou táxi, porque não tinha estacionamento e nem serviço de manobrista.
Deu um problema no make&cabelo e o desfile atrasou 1h30. Durante este tempo o twitter bombou, primeiro com informações gerais, depois piadas indo em direção ao mau humor! É como twittei há certa altura: “Ou make ou hair ou convidados! Não se pode ter tudo na vida”.
Depois que tudo começa, a gente esquece o perrengue e embarca na Dorothy (Mágico de Oz) do Walério Araújo. Esqueça a menina ingênua perdida na estrada de tijolos amarelos. “Minha Dorothy quer catar”, disse o estilista no backstage. Para quem não sabe, “catar” significa “aquendar”, “pegar alguém”, “ficar”, “transar”.
Já no vídeo de abertura do desfile feito pelo Richard Luiz, esta leitura já ficou clara, imagens do filme misturadas com cenas de fetiche explícito. Na coleção, os personagens da história como o Homem de Lata, o Espantalho, Leão, Rainha de Copas, além do jardim, arco-íris, receberam uma leitura nada óbvia nas mãos de Walério.
A imagem da coleção no geral, trouxe elementos do teatro burlesco, com inspiração retrô, meio anos 40, com silhueta justa, saia-lápis, e incorporando elementos fetichistas como ilhoses e corpetes. Uma Dorothy von Teese, sabe como?
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