Pular para o conteúdo principal

bonjour OBAMA


Estados Unidos dificultam integração de imigrantes ilegais

Llewellyn King,
Em Washington (EUA)

Ativistas do Arizona protestam contra a nova lei estadual que transforma em crime a imigração sem documentos, promulgada na última sexta-feira (23)
Um jovem pula uma cerca no Arizona. Ele é tão magro que as suas calças estão penduradas nos ossos da sua pélvis. A sua face está cansada, e ele está assustado. O rapaz é um filho da opressão e da pobreza.

Agora, sem formação profissional e escolaridade, ele pretende entrar em um país no qual não é desejado, e cuja língua ele não fala. Mas ele espera conseguir uma nova vida. Uma vida – ou até mesmo uma semi-vida – melhor do que aquela que deixou para trás.

As novas ruas da sua vida não estão pavimentadas com ouro. Ele pode ser preso a qualquer momento. O rapaz terá que viver nas sombras.

Ele é um imigrante ilegal.

Saiba mais:
Lei do Arizona acelera reforma migratória nos EUA
Lei que criminaliza imigrantes no Arizona é questionada na Justiça
Ilegal. Indesejável. Sem permissão para fazer qualquer coisa. Isso é uma nódoa irremovível, um pecado que não pode ser expiado.

Ele é um criminoso indigno de receber tratamento médico ou qualquer tipo de assistência social. Se ele dirigir um um carro e trabalhar, isso se somará à sua ilegalidade. Se ele se casar e constituir uma família, essa família poderá ser dividida caso um policial suspeite de algo e exija que o rapaz apresente documentos de identificação.

Todos os dias da sua vida serão ilegais. Nenhuma atenuante o salvará dessa exclusão do mundo normal. O indivíduo sem Estado é uma vítima fácil para a exploração de extorsionários, advogados inescrupulosos e patrões exploradores.

Mas alguns imigrantes ilegais prosperam nas sombras da sociedade, criando negócios e acumulando carros, casas e filhos bem sucedidos. Uma mulher que administra um serviço de faxina de residências está matriculando o filho em uma universidade prestigiada, onde ele cursa ciência da computação. Um homem possui uma firma de manutenção de jardins e gramados, com caminhões, tratores e uma vasta força de trabalho.

Essas pessoas deixaram o seu México nativo na condição de jovens desesperados. Décadas mais tarde, eles estão vivendo todos os aspectos do sonho estadunidense, com a exceção dos documentos legais. Eles estão vulneráveis e assustados à medida que o debate sobre os imigrantes ilegais torna-se mais violento e as leis repressivas ficam a cada dia mais draconianas.

Esses são os estadunidenses que nunca foram e que, de acordo com a lei do Estado do Arizona, jamais serão. As vidas deles são escritas com tinta invisível.

Essas são pessoas que, em um contexto diferente, nós admiramos: pessoas de coragem e determinação. Devido a fatores que não dependeram de suas vontades, elas nasceram do lado errado do Rio Grande. Em uma tentativa de melhorar as suas condições de vida, elas renderam-se a uma vida alienada, uma vida sob ameaça. Esses indivíduos são os exilados que não podem voltar para casa e que talvez não sejam capazes de permanecer nos Estados Unidos.

Leia mais sobre a polêmica lei de imigração
Lei sobre imigração ameaça o Arizona de boicote econômico
Defensores dos direitos civis dos EUA vão recorrer contra lei do Arizona
Lei de imigração do Arizona enfrenta recurso legal
Obama critica lei de imigração do Arizona
Jornais internacionais
Mas os Estados Unidos estão sob a ameaça de uma conquista por meio da imigração. Não existe um fim à vista para essa enxurrada de pessoas que chegam ao nosso país, vindas de toda a América Latina e de grande parte do resto do mundo. Mas é o México, especialmente, que nos preocupa.

E sabem de uma coisa? Temos sorte porque a nossa ameaça na área de imigração vem do México e por podermos construir uma barreira fronteiriça melhor. Todo país bem sucedido ou parcialmente bem sucedido do mundo tem um problema com imigrantes ilegais. A África do Sul possui três milhões de imigrantes ilegais só do Zimbábue. A Venezuela têm milhões vindos da América Central.

A Europa Ocidental está sendo invadida por imigrantes ilegais do norte da África, que trazem consigo uma cultura muito diferente e uma religião agressiva. Eles entram na Grécia, na Itália, em Malta e nas Ilhas Canárias em um ritmo mais rápido do que a capacidade de controle desse fluxo. Os norte-africanos representam uma ameaça muito maior para a Europa do que os latino-americanos representam para os Estados Unidos.

A imigração ilegal é uma das grandes crises do século 21. Mas o problema real é a língua. A difusão de uma segunda língua, auxiliada por redes de rádio e televisão, departamentos de trânsito, escolas e empresários gananciosos cria uma sociedade paralela, na qual as pessoas que vivem nas sombras podem funcionar e ajudar mais imigrantes ilegais a sobreviver.

Um país está crescendo dentro de um outro país. Países de duas línguas são países divididos (Bélgica e Canadá). Nós resistimos aos imigrantes ilegais, mas ao mesmo tempo permitimos que eles tenham facilidade em não se integrarem.

Isso é uma besteira. Uma nação sob a língua inglesa até que não seria um mau slogan.

Tradução: UOL

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

My coffee-table book MOTEL | HOTEL featuring Todd Sanfield is now sold-out. I want to thank everyone who purchased a copy.

to^ bonsai

Les fraises Sarah Bernhardt d’Escoffier chez Benoit Paris « Rendre hommage au plus grand cuisiner français du 19e, c’est un devoir de mémoire » nous raconte Eric Azoug, le chef du restaurant Benoit. Cet été les clients du restaurant pourront découvrir un dessert d’Auguste Escoffier : « Les fraises Sarah Bernhardt ». Inspiré par la célèbre comédienne, ce dessert est une petite merveille de douceur et de fraîcheur... Les fraises sont mises à macérer dans le curaçao, elles sont ensuite dressées en timbale au moment de servir, sur un socle de mousse glacée au curaçao et accompagnées d’un sorbet à l'ananas. www.benoit-paris.com