Pular para o conteúdo principal

pelo celular

09/11/2009
Um menino pode ir de vestido à escola?

Janh Hoffman
A partir de agora, as normas de vestuário da maioria das escolas acabaram com qualquer dúvida.

Meninas: nada de blusas que mostrem a barriga, saltos agulha, minissaia.

Meninos: nada de calças caindo e camisetas justas.

Mas faça as contas:

"Regras" + "adolescentes" = "problemas".

Se a saia tiver um comprimento aceitável, um garoto pode usá-la?

Uma menina pode ir ao baile de formatura usando um smoking?

Nos últimos anos, um número cada vez maior de adolescentes têm se vestido para posicionar-se - ou confundir - quanto a sua identidade de gênero ou orientação sexual. Com certeza eles vêm confundindo funcionários e psicólogos das escolas, cujas respostas vão desde a indiferença à aprovação das proibições.

Na semana passada, um aluno do último ano do ensino médio de Houston que pratica crossdressing (veste-se usando roupas do sexo oposto) foi mandado para casa porque sua peruca violava as normas da escola de que o cabelo dos garotos "não podem ser mais compridos do que a parte de baixo do colarinho de uma camisa comum". Em outubro, funcionários de um colégio em Cobb County, Geórgia, mandaram para casa um garoto que costumava usar peruca, maquiagem e jeans skinny. Em agosto, a foto de uma aluna do Mississippi foi proibida no livro de formatura porque ela usava um smoking.

Outras escolas aceitam melhor as expressões de gênero pouco convencionais. Em setembro, uma caloura da Rincon High School em Tucson, que se identifica como homem, foi escolhida como "príncipe" de um evento escolar. Em maio passado, um aluno homossexual do ensino médio em Los Angeles foi coroado rainha da formatura.

Conflitos quanto às normas relativas às roupas refletem um choque de gerações, com os alunos crescendo numa cultura que aceita melhor a ambiguidade e a diferença do que a cultura dos adultos que fazem as regras.

"Essa geração está de fato desafiando as normas de gênero com as quais crescemos", afirma Diane Ehrensaft, psicóloga de Oakland que escreve sobre questões de gênero. "Muitos jovens dizem que não serão limitados pelo fato dos garotos terem que usar isso e as meninas aquilo. Para eles, o gênero é uma área para brincar com a criatividade". Os adultos, ela acrescenta, "passaram a policiar os gêneros por meio o controle das roupas."

As roupas sempre foram um código, principalmente para adolescentes ansiosos por expressar suas identidades em evolução. Todos os anos, as escolas tentam reprimir o que sai do lugar-comum proibindo os estilos mais recentes que representem ligações com gangues, atos sexuais ou uso de drogas.

Mas quando os educadores querem disciplinar um aluno cujo guarda-roupa expressa sua orientação sexual ou variação de gênero, eles devem levar em consideração as políticas contra a discriminação, fatores relacionados à saúde mental, padrões da comunidade e distrações em sala de aula.

E a segurança é uma preocupação fundamental. Em fevereiro de 2008, Lawrence King, um aluno da oitava série de Oxnard, Califórnia, que com frequência usava botas de salto alto e maquiagem, foi assassinado com um tiro na sala de aula por outro aluno.

Apesar de as discussões relacionadas às normas de vestuário serem muito mais uma curiosidade, aparecendo no noticiário quando há uma ameaça de processo legal, os educadores e psicólogos afirmam que cada vez mais escolas terão que lidar com elas no futuro próximo. Há 4.118 associações que congregam gays e heterossexuais em escolas de ensino médio por todo o país e que despertam mais consciência para assuntos como esses. As questões relacionadas às fronteiras entre gêneros estão fervilhando até mesmo nas escolas primárias, e os pais tentam abrir o caminho para seus filhos em blogs como acceptingdad.com ou labelsareforjars.wordpress.com.

No mínimo, mais alunos estão colocando sua curiosidade à prova. Durante dias intitulados "Mix'n' Match" (algo como "misture e combine"), os alunos da escola de ensino médio Ramapo, em Spring Valley, NY, podem misturar bolinhas e listras, diz Diane Schneider, professora que é co-diretora da filial da Rede de Educação Gay, Lésbica e Heterossexual em Hudson Valley. Mas, segundo ela, esse ano "cerca de 50 adolescentes vieram como cross-dressers".

Isso tudo pode um excesso para certos educadores, que afirmam que o ensino médio não devia ser lugar para tratar de questões particulares de identidade. Para eles, a escola é estritamente um espaço de treinamento acadêmico e social para o mundo dos adultos e do trabalho.

"Já é difícil fazer com que as crianças se concentrem em um algoritmo - mesmo quando Jimmy não está sentado por perto usando batom e cílios postiços", diz Kay Hymowitz, membro sênior do Manhattan Institute. Como as escolas são espaços comunitários, "a expressão pessoal sempre terá que ser limitada pelo menos em parte, assim como acontece no local de trabalho", escreveu em um e-mail. Os diretores precisam de liberdade para determinar como os alunos devem se apresentar, acrescentou. "Você pode entender porque muitos diretores se cansam dessas discussões e decidem adotar uniformes escolares".

No Wesson Attendance Center, uma escola pública do Mississippi, esse tipo de polêmica surgiu por causa das fotos de formatura. No último verão, durante sua sessão de fotos, Ceara Sturgis, 17, seguiu as regras e experimentou um tradicional vestido decotado preto, que deixava à mostra o colo e um pouco dos ombros.

"Ficou horrível!", conta Sturgis, uma aluna exemplar, presidente da banda da escola e goleira do time de futebol, que se declara homossexual desde o segundo ano do ensino médio. "Eu parecia um menino usando um vestido! Eu tenho ombros largos e aquilo não era eu. Eu disse: 'Não posso usar isso!' Então minha mãe disse: 'Experimente o smoking'. Aquilo sim parecia normal."

Logo depois, os alunos foram informados de que as meninas deveriam usar vestidos e os meninos, smoking, para as fotos de formatura.

A filial de Mississippi da União Americana para a Liberdade Civil escreveu para a escola. Rickey Clopton, superintendente das escolas do condado de Copiah, não retornou as ligações. No mês passado, ele publicou uma declaração afirmando que decisão da escola "baseava-se em políticas educacionais legítimas e precedentes legais".

No mês passado, Veronica Rodriguez, mão de Sturgis, pagou um anúncio de página inteira no álbum de formatura para incluir a foto de sua filha usando smoking.

Problemas de vestuário como esses vêm aparecendo há anos. No começo deste ano, depois de serem pressionadas por advogados, as escolas de Jackson, Mississipi, e Lebanon, Indiana, mudaram as regras e passaram a permitir que meninas usem smokings.

Mas em geral, os juízes dão bastante liberdade para os administradores locais. No condado de Marion, Flórida, os alunos devem se vestir "de acordo com o seu gênero". Na última primavera, um menino foi mandado de volta para casa para se trocar depois de ter chegado na escola usando botas de salto-alto, sutiã com enchimento e uma camiseta de gola V.

"Ele estava vestido de mulher e isso atrapalhou o dia letivo", disse Kevin Christian, porta-voz do distrito. "Essa é a questão por trás das regras de vestuário."

Em alguns distritos, os administradores procuram definir a linha entre o que constitui uma distração em sala de aula e a necessidade de expressão dos alunos. Há alguns anos, o Dr. Alan Storm era superintendente-assistente da união das escolas do distrito de Sunnyside em Tucson e supervisionava questões legais e disciplinares.

Os diretores lhe perguntavam sobre casos relacionados a roupas e gênero: "Eles diziam: 'o Johnny simplesmente apareceu usando uma blusinha! Eu devo suspendê-lo ou mandá-lo trocar de roupa?'", lembra Storm. "E eu dizia: 'Ele está usando algo por baixo?' 'Sim.' 'Então ele não está violando nossas normas. Você não tem direito de mandar ele trocar de roupa. Mas é sua obrigação garantir sua segurança'."

Storm, hoje superintendente dos programas de tecnologia das escolas de ensino médio do condado de Pima, Arizona, ajudou a redigir políticas contra discriminação que protegem a expressão de gênero e a orientação sexual e que desde então são adotadas por alguns distritos de Tucson.

Essas políticas se entrelaçaram ao tecido social da escola de ensino médio de Rincon, afirma a conselheira educacional Brena Kazan: "As expressões de gênero são muito fluidas por aqui." Alguns meninos usam maquiagem e lenços cor-de-rosa brilhantes; meninas usam camisetas grandes, shorts de basquete compridos - e parecem pertencer a uma gangue de meninos, contou. Além disso, a população de alunos inclui imigrantes vindos de mais de doze países. "Nossas crianças estão acostumadas a ver coisas diferentes e elas não se importam", disse Kazen.

Mas a aceitação quase nunca é unilateral entre os adolescentes, e muito menos entre os adultos.

"Há outros lugares em que há reais problemas de segurança", afirmou Barbara Risman, uma socióloga da Universidade de Illinois que estuda a identidade de gênero entre os adolescentes. "A maioria dos meninos ainda sentem necessidade de reprimir aspectos de si mesmos para evitar a perseguição dos colegas."

No último outono, Stephen Russel, professor da Universidade do Arizona que estuda jovens gays, lésbicas e transexuais, fez uma pesquisa com cerca de 1.200 alunos de ensino médio da Califórnia. Quando perguntados por que os alunos que não são considerados tão "masculinos" ou "femininos" como os demais são perseguidos, a resposta mais comum foi: "por causa da maneira de vestir".

Muitas vezes, as roupas dos alunos, que têm a intenção de expressar seu estilo, podem ser mal interpretadas e vistas como um demonstração de sexualidade. Nos últimos anos, o estilo "emo" saiu dos domínios do punk para se tornar algo comum, com meninos usando delineador para os olhos, camisetas justas e cabelos alisados e pintados de preto, para imitar cantores como Adam Lambert e Pete Wentz.

"As crianças emo passam por muitos problemas", afirnou Marty Hulsey, psicólogo condado de Lee, Alabama. "Até mesmo os professores fazem comentários e eu tenho que impedi-los. Um menino emo me procurou e disse que estava sendo acusado de ser gay, mas ele tinha uma namorada." Hulsey disse que enfatizou o direito do menino de usar as roupas que lhe agradassem.

Quando um diretor pede para um menino deixar sua bolsa em casa, esse pedido é uma tentativa de proteger o aluno de ser perseguido ou é uma perseguição em si?

As normas quanto às vestimentas devem ser colocadas em prática de maneira consistente, inclusive com medidas contra alunos heterossexuais que se vestem de maneira provocativa, afirma Diane Levin, professora do Wheelock College em Boston, que escreve sobre a sexualização das crianças.

Mas quer os diretores proíbam ou não as roupas que confundem gêneros, disse ela, os alunos não podem ser abandonados. Por que esse jovem escolheu se vestir assim? "O aluno está querendo chamar atenção?" questionou Levin. "A escola consegue garantir a segurança do aluno?"

Alguns psicólogos afirmam que embora as preocupações com a segurança não possam ser descartadas, os administradores das escolas de ensino médio não devem partir do pressuposto de que esses alunos serão alvo de perseguição dos colegas.

Jeff Grace, conselheira de uma associação de gays e heterossexuais em uma escola de ensino médio do centro de Columbus, Ohio, disse que a percepção dos alunos mudou ao longo da última década.

Ela conta o caso de Jack, um aluno que tem cabelos longos e lisos e prefere ser chamado por um nome feminino. Jack é cuidadoso ao não violar as normas de vestuário. Ela dá preferência a blusas apertadas, mas que não deixam nada à mostra, sapatos baixos e gloss.

"Um dia eu ouvi um aluno dizer: 'Cara, tinha uma menina no banheiro masculino fazendo xixi de pé! O que é isso?", ela se lembra.

Os banheiros podem ser perigosos para estudantes transgêneros. Mas os outros alunos responderam sem pestanejar, "Não era uma menina. Era só o Jack."

Tradução: Eloise De Vylder

UOL CelularAcompanhe as notícias do UOL no seu celular.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

The 3 P.M. Brunch With the 4 A.M. Vibe By BEN DETRICKNOV. 16, 2011 Continue reading the main story Share This Page Share Tweet Pin Email More Save Photo An enthusiastic reveler parties to a performance by Roxy Cottontail, a promoter, at Eat Yo Brunch at Yotel on 10th Avenue, where the $35 brunch allows patrons to eat and drink for two hours. Credit Deidre Schoo for The New York Times BRUNCH, an occasion for flapjacks, Bloody Marys and meandering conversation, is traditionally the most sluggish of meals. But a smorgasbord of clubby New York restaurants have transformed lazy midday gatherings into orgies of overindulgence with blaring music, jiggling go-go dancers and bar tabs that mushroom into five figures. No, boozy brunches aren’t new. Inspired by the daytime debauchery on Pampelonne Beach in St.-Tropez, where jet-setters arrive by Ferrari and yacht, early iterations began at Le Bilboquet on the Upper East Side in the early ’90s, and spread to meatpacking district flashpoints like Bagatelle and Merkato 55 in 2008. But more recently, these brunches have been supersized, moving from smaller lounges to brassy nightclubs like Lavo and Ajna. The party blog Guest of a Guest has taken to calling it the “Battle of the Brunches.” “Not everyone gets to run to the beach or jump on a plane,” said Noah Tepperberg, an owner of Lavo in Midtown, which started its brunch party a year ago. “If you want to leave your house on the weekend, brunch fills that void.” On a recent Saturday, Mr. Tepperberg stood in Lavo’s basement kitchen, surrounded by meat slicers and employees readying confectionary “poison apples” for a Halloween party for a pre-split Kim Kardashian. Upstairs, patrons in costumes danced atop tables and chairs, bobbing to the carnival syncopation of Jay-Z and Kanye West’s “Paris.” Confetti and blasts of fog filled the air. Continue reading the main story Related Coverage slideshow The Brunch Party Takes Over Clubs NOV. 16, 2011 Advertisement Continue reading the main story It was 3 p.m. “People walk in and say, ‘I can’t believe this is going on right now,’ ” Mr. Tepperberg said. The brunch bacchanalia shows no sign of running dry. The Mondrian SoHo is starting Scene Sundays this month at its Imperial No. Nine restaurant. In Las Vegas, the original Lavo started a Champagne brunch a few weeks ago. Similar affairs have bubbled up in Boston, Los Angeles and Washington. For those looking to replicate the formula, here’s a guide to some of New York’s frothiest. Day and Night Ajna Bar (25 Little West 12th Street, dayandnightnyc.com); Saturday, noon to 6 p.m. This extravagant French-themed party landed in October at Ajna Bar in the meatpacking district, after dousing the Hamptons, Art Basel in Miami and the Oak Room in the Plaza Hotel with rosé. Beneath an industrial skylight and fluttering flags from the United Kingdom, France and Israel, well-heeled patrons pumped their fists and posed for purse-lipped Facebook photos, racking up huge tabs every Saturday. “I understand there’s a lot of people out there going through hard times,” said Daniel Koch, the promoter who helped start the Day and Night parties at Merkato 55. “But what you want to do with your money is your business.” SIGNAL TO DANCE ON TABLES “If you’ve been sprayed with Champagne, make some noise!” a hype man will shout between piercing dance tracks from Robyn, Calvin Harris and Oasis. Dancers in orange bathing suits will emerge; pipes will blast jets of fog. In a dangerously drunken take on a bar mitzvah ritual, a man spooning dessert out of a giant bowl will be seated on a chair and lifted high into the air by his cronies. BRUNCH SET Club-savvy guests seem piped in from Miami, Monaco and Merrill Lynch. “I’m from the South, so drinking during the day is not new to me,” said a woman who wore a Diane Von Furstenberg dress but not the necessary wristband to enter the V.I.P. area. Outside, near a black Aston Martin coupe, a young man wearing paint on his face and sunglasses delved into socioeconomics. “We’re the 1 percent,” he said to a woman, matter of factly. THE BUFFET The Nutella-stuffed croissants ($12) cater to Europeans, while a gimmicky $2,500 ostrich egg omelet (with foie gras, lobster, truffle, caviar and a magnum of Dom Perignon) is for aspiring Marie Antoinettes. Champagne bottles start at $500; packages with several bottles of liquor and mixers for mojitos or bellinis are $1,000. The check can be sobering. “You didn’t look at the price of the Dom bottle!” a man barked into his iPhone, to a friend who apparently ditched before paying. “It’s $700!” STILL-HOT ACCESSORY Slatted “shutter shades” live on at Day and Night. DID THE D.J. PLAY “WELCOME TO ST.-TROPEZ”? Yes. Lavo Champagne Brunch Lavo (39 East 58th Street, lavony.com); Saturday, 2 to 6:30 p.m. Smog guns. Confetti cannons. Piñatas. Masked masseuses. Dancers in Daisy Duke shorts (some on stilts, obviously). Since last November, this Italian restaurant has roiled with the energy and pageantry of Mardi Gras. At the recent Halloween party, Slick Rick, an old-school rapper with an eye patch and glinting ropes of jewelry, lethargically performed several ’80s hits. Some of the younger “Black Swans” in attendance were unsure of his identity. “Is he big in London?” asked an Australian woman wearing a top hat. SIGNAL TO DANCE ON TABLES Caffeinated anthems like Pitbull’s “Hey Baby” and Roscoe Dash’s “All the Way Turnt Up” are accentuated by processions of bouncers carrying women above them in tubs, like Cleopatra on a palanquin. Polenta pancakes taking up precious square footage? Just kick them aside with your stilettos. Newsletter Sign Up Continue reading the main story Open Thread Newsletter A look from across the New York Times at the forces that shape the dress codes we share, with Vanessa Friedman as your personal shopper. You agree to receive occasional updates and special offers for The New York Times's products and services. See Sample Privacy Policy Opt out or contact us anytime BRUNCH SET Share Champagne spritzers with willowy model types and inheritors of wealth. The scrum on an October afternoon included the son of a Mongolian dignitary, six scions of Mexican plutocracy wearing novelty somberos, and at least one supermodel. “She’s everywhere,” said Mr. Tepperberg, as the nymph, whose name he couldn’t remember, disappeared into the jungle of merriment. THE BUFFET With the emphasis on tabletop dancing, Italian trattoria offerings (margherita pizzas for $21, and lemon ricotta waffles for $19) are often abandoned underfoot and sprinkled with confetti. Proving alcohol reigns supreme here, ice buckets are carefully shielded with napkins. Bottle service rules: Moët Brut is $195 and liquor starts at $295. Balthazar and Nebuchadnezzar sizes surge toward the $10,000 mark. RISKY ROSé Alcohol and high-altitude dancing can be perilous: there was a brief hullabaloo in one corner when several women took a tumble. DID THE D.J. PLAY “WELCOME TO ST.-TROPEZ”? Yes. Eat Yo Brunch Yotel (570 10th Avenue, yotel.com); Sunday, 11 a.m. to 4 p.m. If spending thousands of dollars makes your stomach turn, this newish party at Yotel is more easily digested. This affably cartoonish affair, held at the space-age hotel in Hell’s Kitchen with the design aesthetics of a Pokémon, draws a gay-friendly crowd lured northward by Patrick Duffy, a promoter. “There’s a lot of pressure in night life,” Mr. Duffy said. “But I feel like Sunday is a comedown. It doesn’t have to be perfect.” SIGNAL TO DANCE ON TABLES These connoisseurs of brunch wear designer shoes too stylish for tromping atop omelets. With a D.J. spinning dance tracks from LeLe and Earth, Wind & Fire, guests sip bellinis at the bar or banter at long communal tables. The performers are looser. One afternoon, Roxy Cottontail, a pink-haired promoter, vamped around the sunken dining area with a microphone. “Don’t make kitty pounce,” she rapped, before climbing atop a table. BRUNCH SET Clusters of trim men wear leather motorcycle jackets or shroud themselves in patterned scarves. “It’s an eclectic, downtown vibe,” Ms. Cottontail said. “We have the most fabulous gays in New York City.” When a platinum-blond waiter in skintight jeans pranced in front of a wall decorated with pictures of sumo wrestlers riding Japanese carp, it seemed straight from an anime cell. THE BUFFET For an egalitarian $35, patrons receive unlimited grub — options include chilaquiles, halibut sliders and seaweed salad — and a two-hour window of boozing. “It’s not bougie,” said Mr. Duffy, who bounded across the room hugging guests and hand-delivering shots. “You could be a poor, starving artist or someone that doesn’t take a client for under $20 million.” COLOR CODE Wear purple if you hope to be camouflaged by the staff outfits, chairs and ceilings. DID THE D.J. PLAY “WELCOME TO ST.-TROPEZ”? No. Sunset Saturdays PH-D Rooftop Lounge at Dream Downtown (355 West 16th Street, dreamdowntown.com); Saturday, 5:30 to 10 p.m. Despite a happy hour time slot, this sunset party atop the Dream Downtown hotel is not for pre-gaming. After funneling in brunch crowds from elsewhere, 8 p.m. has the frenzied atmosphere and intoxication of 2 a.m. The offbeat timing may deter conventional weekend warriors. “No matter how cool the place, some people feel Friday and Saturday nights are for amateurs,” said Matt Strauss, a manager of PH-D. “We’re not for amateurs.” SIGNAL TO DANCE ON TABLES The D.J. rapid-fires through tracks from C+C Music Factory, LMFAO and Rick Ross, but booze-lubricated guests scramble on couches with little hesitation. Those grappling with bursts of existential angst after six hours of brunch can gaze pensively at the spectacular views of Midtown Manhattan. BRUNCH SET Attractive women and affluent men knot around tables; hotel guests gawk from the bar. On a recent Saturday, Mark Wahlberg danced with a few friends, and David Lee, a former New York Knick, enjoyed downtime provided by the N.B.A. lockout. “We saw an angle,” said Matt Assante, a promoter. “People spend more money than at nighttime.” THE BUFFET Brunch is thankfully over, but crispy calamari ($17) and guacamole ($12) could constitute a light dinner. A bottle of Veuve Clicquot is $475. Cîroc vodka is $450. Cocktails like the Cloud Nine (Beefeater gin, Campari, grapefruit) are $18; a Bud Light is $10. WINDING DOWN After the rigors of daylong gorging, relax with the help of an on-site masseuse. DID THE D.J. PLAY “WELCOME TO ST.-TROPEZ”? Obviously.

The 3 P.M. Brunch With the 4 A.M. Vibe By BEN DETRICK NOV. 16, 2011 Continue reading the main story Share This Page Share Tweet Pin Email More Save Photo An enthusiastic reveler parties to a performance by Roxy Cottontail, a promoter, at Eat Yo Brunch at Yotel on 10th Avenue, where the $35 brunch allows patrons to eat and drink for two hours. Credit Deidre Schoo for The New York Times BRUNCH, an occasion for flapjacks, Bloody Marys and meandering conversation, is traditionally the most sluggish of meals. But a smorgasbord of clubby New York restaurants have transformed lazy midday gatherings into orgies of overindulgence with blaring music, jiggling go-go dancers and bar tabs that mushroom into fiv

Keni Burke - Risin' To The Top (Dj "S" Bootleg Bonus Beat Extended Re-Mix)

The White Lamp - It's You (Ron Basejam remix)