Pular para o conteúdo principal

PLENOS DIREITOS

14/06/2009
Gays e lésbicas norte-americanos sentem-se traídos por Obama

Marc Pitzke
Onde está nosso defensor ardoroso?

Cada vez mais americanos apoiam a igualdade de direitos para gays e lésbicas e se opõem à proibição de soldados homossexuais assumidos no serviço militar. Mas Barack Obama parece estar atrasado no que diz respeito aos direitos dos homossexuais - e as pressões para que ele tome uma atitude estão ficando cada vez mais fortes.

Nem mesmo a chuva os afastou. Primeiro, havia apenas um punhado, depois algumas dezenas e, finalmente, milhares de manifestantes. Eles caminharam de West Village em Nova York em meio ao trânsito até Union Square, cantando. Muitos carregavam postêres e faixas com dizeres como "Direitos civis já", "Igualdade para todas as famílias" e "Sem tolerância à intolerância".

Entretanto, uma das faixas mostrava uma foto do presidente dos EUA Barack Obama retratado na figura de duas cabeças do deus Jano. A cabeça da esquerda declamava o famoso slogan da campanha de Obama em 2008: "Sim, nós podemos". Mas a da direita dizia: "Não, não podemos."

A marcha recente em Manhattan foi oficialmente dirigida contra a recusa da Suprema Corte da Califórnia em anular o referendo da Proposição 8, que proibiu o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mas muitos dos manifestantes - em sua maioria gays e lésbicas - tinham outro inimigo em mente: Obama.

A hipocrisia que os manifestantes percebem em Obama os deixa quase mais furiosos do que a própria Proposição 8. Na opinião deles, Obama amarelou diante da possibilidade de assumir uma posição pública durante os últimos eventos da eterna guerra da cultura americana em relação ao casamento gay - ao contrário das esperanças dos gays americanos. "Onde está Obama?", pergunta Lisa Ackerman, advogada que caminhou sob a chuva com sua namorada. "O silêncio dele diz muito."

De fato, onde está Obama? É a pergunta que tem sido feita cada vez com mais frequência por gays e lésbicas dos Estados Unidos. Apesar de seu ceticismo inicial, eles apoiaram Obama quase exclusivamente durante a corrida presidencial depois que Hillary Clinton foi eliminada. Em troca, Obama disse que seria um "defensor ardoroso" e prometeu, entre outras coisas, eliminar a famosa política de "não pergunte, não responda" do Pentágono em relação aos homossexuais no serviço militar e ajudar a abrir caminho para o direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Mas os gays e lésbicas dos Estados Unidos continuam esperando em vão que Obama cumpra com suas promessas eleitorais. Enquanto os EUA em geral avançam na direção de atenuar as políticas homofóbicas, a Casa Branca se esquiva do assunto. Pior ainda, em relação a alguns temas, ela praticamente colocou novos obstáculos para os direitos dos homossexuais.

Na segunda-feira, a Suprema Corte dos EUA, do lado do governo Obama, recusou-se a ouvir o apelo do ex-soldado da infantaria do Exército James Pietrangelo contra a política de "não pergunte, não responda".

A lei de 1993, que proíbe soldados assumidamente homossexuais no serviço militar, diz respeito ao "interesse legítimo do governo pela disciplina militar", argumentou a procuradora-geral Elena Kagan no relatório do governo para a Suprema Corte.

Onde está o nosso New Deal?
A decisão da Suprema Corte foi apenas o último de uma série de incidentes que fizeram com que o lobby gay americano se voltasse contra o presidente. Além da NPNR (como é comummente conhecida a política de "não pergunte, não responda") e do casamento gay, os militantes homossexuais também estão frustrados com o progresso lento na luta contra a Aids e com a proibição de vistos e green cards para pessoas infectadas com o HIV. Para alguns, esses casos confirmam as suspeitas que eles já tinham em relação a Obama quando ele pediu ao pastor Rick Warren - que se opõe ao casamento gay - para oficializar a cerimônia de sua posse.

"Onde está nosso defensor ardoroso?" escreveu Richars Socarides, que foi conselheiro do ex-presidente Bill Clinton para assuntos homossexuais, recentemente no Washington Post. "Em relação a uma ampla variedade de temas - incluindo os direitos das mulheres, pesquisa com células-tronco e as relações com Cuba - o governo Obama mostrou estar disposto a explorar o momento de mudança para realizar uma reforma dramática. Então, por que não fazer o mesmo em relação aos direitos homossexuais? Onde está o nosso New Deal?

Deve-se reconhecer que Obama proclamou o mês de junho como o "Mês do Orgulho Gay, Lésbico, Bissexual e Transgênero", numa decisão considerada como um "bom começo" e aplaudida pelo ativista gay David Mixner em seu blog. Mas muitos militantes sentem que Obama está rindo pelas costas deles no que diz respeito a compromissos concretos.

Com sua reticência, Obama vai contra a tendência nacional. A luta por igualdade para os homossexuais se tornou uma "marcha quase inevitável", disse em entrevista à revista do New York Times o ex-governador de Nova Jersey Jim McGreevey, que assumiu sua homossexualidade e renunciou ao cargo em 2004. O casamento gay já foi reconhecido em seis Estados, e a maior parte dos militantes veem o referendo da Califórnia apenas como uma derrota temporária.

"Este é um movimento por direitos civis", disse Evan Wolfson, diretor-executivo do grupo de defesa de direitos Freedom to Marry, para o famoso colunista assumidamente gay do New York Times Frank Rich. "E Obama ainda não deu atenção à isso". Wolfson compara o momento a 1963, quando os movimentos de direitos civis para os negros estavam estagnados. A virada, disse ele, só aconteceu quando o presidente Lyndon B. Johnson foi estimulado a agir. Os democratas não têm "uma personalidade nacional para defender a causa" dos direitos civis homossexuais, disse Wolfson, e Obama não mostrou nenhum sinal de que está disposto a seguir o exemplo de Johnson.

Muitos gays não querem aceitar a falta de atitude de Obama. "Por quanto tempo mais devemos dar a ele o benefício da dúvida em relação aos assuntos GLBT, e quando é que devemos falar mais alto?", pergunta Mixner em seu blog. O lendário ativista Cleve Jones, que concebeu a mundialmente famosa Aids Memorial Quilt [colcha de retalhos em homenagem aos mortos pela doença], pediu para que os gays e lésbicas marchassem a Washington em 11 de outubro, para se reunir no Lincoln Memorial, local do famoso discurso "Eu tenho um sonho" de Martin Luther King.

Cresce o apoio para gays no Exército
"Seu tempo se esgotou, senhor presidente", disse o estilista Stephen Dimmick, de Nova York. "Seu silêncio em resposta aos apelos ensurdecedores da comunidade gay é uma desgraça". Dimmick lembra do silêncio de outros presidentes dos EUA: Ronald Reagan não usou a palavra Aids até 1987, quando mais de 20 mil americanos já haviam morrido com a doença.

Em particular, Obama pediu paciência. Em maio, ele convidou representantes de importantes grupos homossexuais para a Casa Branca. Ele, entretanto, não os recebeu pessoalmente, mas o chefe-adjunto de gabinete da Casa Branca Jim Messina discutiu "estratégias legislativas" com eles.

De acordo com as notícias do site "Politico", um militante recentemente deixou clara a urgência do assunto para Messina num jantar de gala para levantar fundos em Los Angeles, do qual Obama participou. O ativista confrontou Messina no banheiro do Beverly Hills Hilton. Enquanto isso, numa manifestação do outro lado da rua, um grupo protestava a favor de Dan Choi, um linguista do Exército fluente em árabe que estava prestes a ser exonerado por causa de sua homossexualidade.

A falta de sentido do Exército em expulsar um soldado cujas habilidades são extremamente necessárias e difíceis de encontrar não passou despercebida pelo público americano. Uma pesquisa recente da Gallup descobriu que quase 70% dos americanos são a favor de homens e mulheres abertamente homossexuais no serviço militar, e até mesmo a maioria dos conservadores - 58% - não se opõe a soldados declaradamente homossexuais no serviço militar.

Obama disse que quer eventualmente abolir a política do "não pergunte, não responda" - mas, de acordo com seu assessor Ben LaBolt, "de uma forma sensata que fortaleça nossas Forças Armadas e nossa segurança nacional". LaBolt acrescentou: "Até que o Congresso aprove a legislação banindo a lei, o governo continuará a defender o estatuto quando for desafiado no sistema judiciário."

Rachel Maddow, lésbica assumida e âncora do canal a cabo MSNBC, não está satisfeita com essa postura. Em seu programa, ela mostrou recentemente um vídeo da campanha eleitoral no qual Obam prometeu anular a política de NPNR, dizendo: "tudo o que é necessário é liderança".

As frentes do debate não estão mais divididas entre as linhas partidárias, mas sim entre as gerações. Numa pesquisa da CBS em abril, 42% apoiavam a legalização do casamento de mesmo sexo, 9% a mais do que em março - e quase duas vezes mais pessoas do que em 2004. Entre as pessoas abaixo dos 40 anos - a chamada "geração Obama" - o apoio é de 57%.

Até o ex-vice-presidente Dick Cheney, cuja filha Mary é lésbica, não tem nada contra o casamento gay e diz isso publicamente - o que o torna mais progressista em relação ao assunto do que Obama. E a tentativa mais agressiva de desafiar a proibição ao casamento gay na Suprema Corte parte da aliança entre dois ex-arqui-inimigos políticos: o famoso advogado Ted Olsen, que representou George W. Bush na disputa legal em relação à eleição presidencial contestada de 2000, e seu ex-rival David Boies, que representou Al Gore. "Isso não é uma questão republicana ou democrata", disse Olson ao apresentador da CNN Larry King.

Mas a Casa Branca aparentemente quer lidar primeiro com os assuntos "menores" que dizem respeito à comunidade homossexual, como o fortalecimento das leis contra crimes de segregação e acabar com a proibição de vistos e green cards, e da naturalização para pessoas HIV positivas, que estão em vigor desde a era Reagan.

Mas, para muitas pessoas, isso simplesmente não é suficiente, Obama é um "covarde, um intolerante e um mentiroso patológico", atacou James Pietrangelo, ex-soldado cujo apelo foi recusado pela Suprema Corte, numa entrevista à revista Time.

Pietrangelo disse que Obama gastou mais tempo para escolher seu cachorro Bo e brincar com ele do que trabalhando pelos direitos homossexuais desde que assumiu o poder. "Se houvesse milhões de negros na posição de cidadãos de segunda classe, ou milhões de judeus ou irlandeses, ele teria agido imediatamente."

Tradução: Eloise De Vylder

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

The 3 P.M. Brunch With the 4 A.M. Vibe By BEN DETRICKNOV. 16, 2011 Continue reading the main story Share This Page Share Tweet Pin Email More Save Photo An enthusiastic reveler parties to a performance by Roxy Cottontail, a promoter, at Eat Yo Brunch at Yotel on 10th Avenue, where the $35 brunch allows patrons to eat and drink for two hours. Credit Deidre Schoo for The New York Times BRUNCH, an occasion for flapjacks, Bloody Marys and meandering conversation, is traditionally the most sluggish of meals. But a smorgasbord of clubby New York restaurants have transformed lazy midday gatherings into orgies of overindulgence with blaring music, jiggling go-go dancers and bar tabs that mushroom into five figures. No, boozy brunches aren’t new. Inspired by the daytime debauchery on Pampelonne Beach in St.-Tropez, where jet-setters arrive by Ferrari and yacht, early iterations began at Le Bilboquet on the Upper East Side in the early ’90s, and spread to meatpacking district flashpoints like Bagatelle and Merkato 55 in 2008. But more recently, these brunches have been supersized, moving from smaller lounges to brassy nightclubs like Lavo and Ajna. The party blog Guest of a Guest has taken to calling it the “Battle of the Brunches.” “Not everyone gets to run to the beach or jump on a plane,” said Noah Tepperberg, an owner of Lavo in Midtown, which started its brunch party a year ago. “If you want to leave your house on the weekend, brunch fills that void.” On a recent Saturday, Mr. Tepperberg stood in Lavo’s basement kitchen, surrounded by meat slicers and employees readying confectionary “poison apples” for a Halloween party for a pre-split Kim Kardashian. Upstairs, patrons in costumes danced atop tables and chairs, bobbing to the carnival syncopation of Jay-Z and Kanye West’s “Paris.” Confetti and blasts of fog filled the air. Continue reading the main story Related Coverage slideshow The Brunch Party Takes Over Clubs NOV. 16, 2011 Advertisement Continue reading the main story It was 3 p.m. “People walk in and say, ‘I can’t believe this is going on right now,’ ” Mr. Tepperberg said. The brunch bacchanalia shows no sign of running dry. The Mondrian SoHo is starting Scene Sundays this month at its Imperial No. Nine restaurant. In Las Vegas, the original Lavo started a Champagne brunch a few weeks ago. Similar affairs have bubbled up in Boston, Los Angeles and Washington. For those looking to replicate the formula, here’s a guide to some of New York’s frothiest. Day and Night Ajna Bar (25 Little West 12th Street, dayandnightnyc.com); Saturday, noon to 6 p.m. This extravagant French-themed party landed in October at Ajna Bar in the meatpacking district, after dousing the Hamptons, Art Basel in Miami and the Oak Room in the Plaza Hotel with rosé. Beneath an industrial skylight and fluttering flags from the United Kingdom, France and Israel, well-heeled patrons pumped their fists and posed for purse-lipped Facebook photos, racking up huge tabs every Saturday. “I understand there’s a lot of people out there going through hard times,” said Daniel Koch, the promoter who helped start the Day and Night parties at Merkato 55. “But what you want to do with your money is your business.” SIGNAL TO DANCE ON TABLES “If you’ve been sprayed with Champagne, make some noise!” a hype man will shout between piercing dance tracks from Robyn, Calvin Harris and Oasis. Dancers in orange bathing suits will emerge; pipes will blast jets of fog. In a dangerously drunken take on a bar mitzvah ritual, a man spooning dessert out of a giant bowl will be seated on a chair and lifted high into the air by his cronies. BRUNCH SET Club-savvy guests seem piped in from Miami, Monaco and Merrill Lynch. “I’m from the South, so drinking during the day is not new to me,” said a woman who wore a Diane Von Furstenberg dress but not the necessary wristband to enter the V.I.P. area. Outside, near a black Aston Martin coupe, a young man wearing paint on his face and sunglasses delved into socioeconomics. “We’re the 1 percent,” he said to a woman, matter of factly. THE BUFFET The Nutella-stuffed croissants ($12) cater to Europeans, while a gimmicky $2,500 ostrich egg omelet (with foie gras, lobster, truffle, caviar and a magnum of Dom Perignon) is for aspiring Marie Antoinettes. Champagne bottles start at $500; packages with several bottles of liquor and mixers for mojitos or bellinis are $1,000. The check can be sobering. “You didn’t look at the price of the Dom bottle!” a man barked into his iPhone, to a friend who apparently ditched before paying. “It’s $700!” STILL-HOT ACCESSORY Slatted “shutter shades” live on at Day and Night. DID THE D.J. PLAY “WELCOME TO ST.-TROPEZ”? Yes. Lavo Champagne Brunch Lavo (39 East 58th Street, lavony.com); Saturday, 2 to 6:30 p.m. Smog guns. Confetti cannons. Piñatas. Masked masseuses. Dancers in Daisy Duke shorts (some on stilts, obviously). Since last November, this Italian restaurant has roiled with the energy and pageantry of Mardi Gras. At the recent Halloween party, Slick Rick, an old-school rapper with an eye patch and glinting ropes of jewelry, lethargically performed several ’80s hits. Some of the younger “Black Swans” in attendance were unsure of his identity. “Is he big in London?” asked an Australian woman wearing a top hat. SIGNAL TO DANCE ON TABLES Caffeinated anthems like Pitbull’s “Hey Baby” and Roscoe Dash’s “All the Way Turnt Up” are accentuated by processions of bouncers carrying women above them in tubs, like Cleopatra on a palanquin. Polenta pancakes taking up precious square footage? Just kick them aside with your stilettos. Newsletter Sign Up Continue reading the main story Open Thread Newsletter A look from across the New York Times at the forces that shape the dress codes we share, with Vanessa Friedman as your personal shopper. You agree to receive occasional updates and special offers for The New York Times's products and services. See Sample Privacy Policy Opt out or contact us anytime BRUNCH SET Share Champagne spritzers with willowy model types and inheritors of wealth. The scrum on an October afternoon included the son of a Mongolian dignitary, six scions of Mexican plutocracy wearing novelty somberos, and at least one supermodel. “She’s everywhere,” said Mr. Tepperberg, as the nymph, whose name he couldn’t remember, disappeared into the jungle of merriment. THE BUFFET With the emphasis on tabletop dancing, Italian trattoria offerings (margherita pizzas for $21, and lemon ricotta waffles for $19) are often abandoned underfoot and sprinkled with confetti. Proving alcohol reigns supreme here, ice buckets are carefully shielded with napkins. Bottle service rules: Moët Brut is $195 and liquor starts at $295. Balthazar and Nebuchadnezzar sizes surge toward the $10,000 mark. RISKY ROSé Alcohol and high-altitude dancing can be perilous: there was a brief hullabaloo in one corner when several women took a tumble. DID THE D.J. PLAY “WELCOME TO ST.-TROPEZ”? Yes. Eat Yo Brunch Yotel (570 10th Avenue, yotel.com); Sunday, 11 a.m. to 4 p.m. If spending thousands of dollars makes your stomach turn, this newish party at Yotel is more easily digested. This affably cartoonish affair, held at the space-age hotel in Hell’s Kitchen with the design aesthetics of a Pokémon, draws a gay-friendly crowd lured northward by Patrick Duffy, a promoter. “There’s a lot of pressure in night life,” Mr. Duffy said. “But I feel like Sunday is a comedown. It doesn’t have to be perfect.” SIGNAL TO DANCE ON TABLES These connoisseurs of brunch wear designer shoes too stylish for tromping atop omelets. With a D.J. spinning dance tracks from LeLe and Earth, Wind & Fire, guests sip bellinis at the bar or banter at long communal tables. The performers are looser. One afternoon, Roxy Cottontail, a pink-haired promoter, vamped around the sunken dining area with a microphone. “Don’t make kitty pounce,” she rapped, before climbing atop a table. BRUNCH SET Clusters of trim men wear leather motorcycle jackets or shroud themselves in patterned scarves. “It’s an eclectic, downtown vibe,” Ms. Cottontail said. “We have the most fabulous gays in New York City.” When a platinum-blond waiter in skintight jeans pranced in front of a wall decorated with pictures of sumo wrestlers riding Japanese carp, it seemed straight from an anime cell. THE BUFFET For an egalitarian $35, patrons receive unlimited grub — options include chilaquiles, halibut sliders and seaweed salad — and a two-hour window of boozing. “It’s not bougie,” said Mr. Duffy, who bounded across the room hugging guests and hand-delivering shots. “You could be a poor, starving artist or someone that doesn’t take a client for under $20 million.” COLOR CODE Wear purple if you hope to be camouflaged by the staff outfits, chairs and ceilings. DID THE D.J. PLAY “WELCOME TO ST.-TROPEZ”? No. Sunset Saturdays PH-D Rooftop Lounge at Dream Downtown (355 West 16th Street, dreamdowntown.com); Saturday, 5:30 to 10 p.m. Despite a happy hour time slot, this sunset party atop the Dream Downtown hotel is not for pre-gaming. After funneling in brunch crowds from elsewhere, 8 p.m. has the frenzied atmosphere and intoxication of 2 a.m. The offbeat timing may deter conventional weekend warriors. “No matter how cool the place, some people feel Friday and Saturday nights are for amateurs,” said Matt Strauss, a manager of PH-D. “We’re not for amateurs.” SIGNAL TO DANCE ON TABLES The D.J. rapid-fires through tracks from C+C Music Factory, LMFAO and Rick Ross, but booze-lubricated guests scramble on couches with little hesitation. Those grappling with bursts of existential angst after six hours of brunch can gaze pensively at the spectacular views of Midtown Manhattan. BRUNCH SET Attractive women and affluent men knot around tables; hotel guests gawk from the bar. On a recent Saturday, Mark Wahlberg danced with a few friends, and David Lee, a former New York Knick, enjoyed downtime provided by the N.B.A. lockout. “We saw an angle,” said Matt Assante, a promoter. “People spend more money than at nighttime.” THE BUFFET Brunch is thankfully over, but crispy calamari ($17) and guacamole ($12) could constitute a light dinner. A bottle of Veuve Clicquot is $475. Cîroc vodka is $450. Cocktails like the Cloud Nine (Beefeater gin, Campari, grapefruit) are $18; a Bud Light is $10. WINDING DOWN After the rigors of daylong gorging, relax with the help of an on-site masseuse. DID THE D.J. PLAY “WELCOME TO ST.-TROPEZ”? Obviously.

The 3 P.M. Brunch With the 4 A.M. Vibe By BEN DETRICK NOV. 16, 2011 Continue reading the main story Share This Page Share Tweet Pin Email More Save Photo An enthusiastic reveler parties to a performance by Roxy Cottontail, a promoter, at Eat Yo Brunch at Yotel on 10th Avenue, where the $35 brunch allows patrons to eat and drink for two hours. Credit Deidre Schoo for The New York Times BRUNCH, an occasion for flapjacks, Bloody Marys and meandering conversation, is traditionally the most sluggish of meals. But a smorgasbord of clubby New York restaurants have transformed lazy midday gatherings into orgies of overindulgence with blaring music, jiggling go-go dancers and bar tabs that mushroom into fiv

Keni Burke - Risin' To The Top (Dj "S" Bootleg Bonus Beat Extended Re-Mix)

The White Lamp - It's You (Ron Basejam remix)