O Brasil recebe refugiados bahá'i há pelos menos 20 anos, e, entre estrangeiros e brasileiros convertidos, o movimento religioso já conta com cerca de 55 mil adeptos locais, segundo o grupo.
A chefe da Divisão de Direitos Humanos do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, conselheira Márcia Adorno, afirmou à Folha que o país reconhece o problema que o movimento religioso enfrenta no Irã.
"Temos registros de violações, consultamos periodicamente nossa embaixada em Teerã, e os relatos conferem com o que os bahá'is contam aqui."
Para o governo brasileiro, porém, a solução não passa por resoluções das Nações Unidas, que "não surtem nenhum efeito construtivo". "Nosso empenho é para que violações como as dos bahá'is sejam tratadas de outra forma, no Conselho de Direitos Humanos da ONU."
O bahá'ismo é uma das religiões monoteístas mais recentes, fundada em maio de 1844, no Irã, por Bahá'u'lláh (glória de Deus). Os bahá'is defendem a unidade das religiões e a igualdade dos sexos.
Um dos pontos de crítica no Irã é que os bahá'i encaram Maomé como um entre vários "mestres divinos", ao lado de Buda, Krishna, Zoroastro, Moisés, Abraão e Jesus. Bahá'u'llah seria o mais recente mensageiro de Deus, o que é tido como heresia. Eles crêem também que a religião evolui continuamente.
Outra polêmica é que o centro espiritual e administrativo bahá'i fica em Haifa (hoje no Estado de Israel), o que leva os fiéis a serem acusados no Irã de defender o sionismo. (AM)
E toda a ilha fugiu
E os montes na~o se acharam
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