Enforcados ficamos nós, McQueen!
Posted by Ricardo Oliveros on Feb 11, 2010 in Arte, MODA, desfiles, ponto de vista, últimas
A moda não precisa de texto, mas eu sim. Agora refeito do susto, pensei sobre o que representa a morte de Alexander McQueen para a moda.
Num momento em que a moda vive seu momento mais agudo de globalização, onde as roupas são replicadas a exaustão na mesma cor, no mesmo formato, com o mesmo ombro, seja aqui ou em qualquer lugar do mundo, por causa do fenomeno do fast food, perder um talento como de Alexander McQueen, é perder um foco de resistência do processo criativo contemporaneo.
Ele além de saber dialogar com outras linguagens como o cinema, principalmente, o que lhe conferia um caráter atemporal às suas roupas, ele tinha um domínio técnico exemplar, muitas vezes um pouco ofuscado pelos brilhantes, dramáticos e também polêmicos desfiles que fazia.
Alexander McQueen: Iconic Moments from Jean Hürxkens on Vimeo.
Com a saída de McQueen de cena perdemos o seu poder de aliar imagens impactantes a um conteúdo simbólico e muitas vezes político que o momento precisa.
Ou vocês acham que trazer uma imagem da Kate Moss flutuando sobre tudo e todos, é somente um ato de amizade? Ou quando na coleção de inverno 2009, The Overlook, com as modelos presas num aquario de vidro que neva é só uma bela imagem de moda? Ou quando veste Björk misto de africana e japonesa ele está falando do quê?
Quem sai perdendo somos nós, enforcados num mundo de imagens vazias e repetitivas.
Tags: Alexander McQueen
0 Alexander McQueen: a moda não precisa de texto
Posted by Ricardo Oliveros on Feb 11, 2010 in Arte, MODA, desfiles, últimas
Posted by Ricardo Oliveros on Feb 11, 2010 in Arte, MODA, desfiles, ponto de vista, últimas
A moda não precisa de texto, mas eu sim. Agora refeito do susto, pensei sobre o que representa a morte de Alexander McQueen para a moda.
Num momento em que a moda vive seu momento mais agudo de globalização, onde as roupas são replicadas a exaustão na mesma cor, no mesmo formato, com o mesmo ombro, seja aqui ou em qualquer lugar do mundo, por causa do fenomeno do fast food, perder um talento como de Alexander McQueen, é perder um foco de resistência do processo criativo contemporaneo.
Ele além de saber dialogar com outras linguagens como o cinema, principalmente, o que lhe conferia um caráter atemporal às suas roupas, ele tinha um domínio técnico exemplar, muitas vezes um pouco ofuscado pelos brilhantes, dramáticos e também polêmicos desfiles que fazia.
Alexander McQueen: Iconic Moments from Jean Hürxkens on Vimeo.
Com a saída de McQueen de cena perdemos o seu poder de aliar imagens impactantes a um conteúdo simbólico e muitas vezes político que o momento precisa.
Ou vocês acham que trazer uma imagem da Kate Moss flutuando sobre tudo e todos, é somente um ato de amizade? Ou quando na coleção de inverno 2009, The Overlook, com as modelos presas num aquario de vidro que neva é só uma bela imagem de moda? Ou quando veste Björk misto de africana e japonesa ele está falando do quê?
Quem sai perdendo somos nós, enforcados num mundo de imagens vazias e repetitivas.
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Posted by Ricardo Oliveros on Feb 11, 2010 in Arte, MODA, desfiles, últimas
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