Deixei Paris com um céu azul, sol e um frio delicioso, por volta dos 12 graus. A cidade, que já é linda e feérica, estava esplendorosa, enfeitada de luzes para o Natal, como eu já comentei com vocês em meu editorial anterior. Para ilustrar o assunto, mando algumas fotos das vitrines do Printemps, uma das mais bonitas e inventivas. Uma multidão se formava nas ruas para apreciá-las.
Apesar de tudo, achei o movimento geral ainda fraco; não dava para perceber que estamos tão perto do dia 24. Uma só loja chamava a atenção e tinha, permanentemente, fila na porta: a Pierre Hermé, no 72 da rue Bonaparte, pertinho da Place St. Sulpice, em St. Germain.
Loja de bolsas? Roupas? Casacos de pele? Nada disso: uma loja de doces - os mais caros, lindos e sofisticados da cidade. A butique parece uma joalheria ou galeria de arte: pequena, com uma vitrine prá lá de luxuosa, iluminação de museu sobre cada um dos confeitos, macarrons ou tortas. Nas quatro pequenas vitrines, arrumadas como se fossem quadros, podia-se apreciar os bigodes do pintor Salvador Dali... Feitos de chocolate! O chef, Monsieur Hermé, é famoso, apesar de jovem. Foi discípulo de Gaston Lenôtre e trabalhou durante 11 anos na tradicional Casa Fauchon.
A loja de Saint Germain é sua flagship e é onde ele apresenta, duas vezes ao ano, sua nova coleção de produtos - uma para o inverno e outra para o verão. Esses “desfiles”, pela quantidade de gente que faz fila na loja, devem ser mais concorridos que os de moda. Recomendo uma visita; se não para comer, pelo menos para ver. É um acontecimento.
GLORINHA
ADOREI
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