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Agropecuária também é vilã em Santa Catarina
28 de Novembro de 2008

Em face da tragédia em Santa Catarina, fui rever o documentário (para mim, fundamental) “A Carne é Fraca”.

Queria refrescar a memória quanto ao depoimento dado por Guy Caubet, Professor Titular do Depto de Direito da Universidade Federal de Santa Catarina.

Lembrava que o professor falava no filme sobre o grave problema da erosão e sobre o impacto da agropecuária nos recursos hídricos de seu estado.

Dei-me ao trabalho de rever as cenas em que ele aparece e anotei alguns dos fatos por ele relatados.

A eles:

A população humana de Santa Catarina é de aproximadamente 5 milhões. Sua população suína equivale a 45 milhões de pessoas. Isto, porque os porcos produzem de sete a oito vezes mais dejetos do que os humanos.

No estado, os dejetos dos porcos vão parar em açudes ou esterqueiras e acabam contaminando os rios. Segundo o professor Guy, mais de 90% dos rios de Santa Catarina já estão poluídos.

E os últimos rios de classe 1 do estado estão sendo disputados por empresas que, depois de instaladas, exigem monopólio da água em razão de sua qualidade. E essas empresas também poluem.

Diz ele ainda que, nos países nórdicos, a produção suína acabou sendo proibida, uma vez que é simplesmente impossível lidar com as conseqüências da poluição que ela gera.

Agora você imagine, meu doce internauta, a conjunção desse quadro com as chuvas que devastaram o estado nos últimos dias…

Já que estamos aqui, aproveito para recomendar VIVAMENTE a quem ainda não assistiu “A Carne é Fraca”, que compre correndo o DVD.

Ele pode ser adquirido pelo site: www.institutoninarosa.org.br , pelo e-mail inr@institutoninarosa.org.br ou por meio dos telefones: (11) 3868-4434 e (11) 3868-4273.

Não deixe de ver!

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