Bolsa inspirada em malote da PF vira moda em SP
Artista plástica se inspirou em imagens vistas na TV para criar bolsa feminina
Bolsas malote foram inspiradas em acessório usado pela Polícia Federal para guardar material apreendido em operações
É pouco provável que a Polícia Federal imaginasse que estava criando moda quando começou a usar malotes para carregar materiais apreendidos durante operações policiais. Mas foi o que acabou acontecendo em São Paulo.
Há cerca de cinco meses, a artista plástica Pinky Wainer começou a vender em sua loja na Zona Oeste da capital paulista as “bolsas malote”. A inspiração surgiu assistindo às operações da PF em jornais televisivos. “Eu via os policiais saindo com aquelas bolsas cheias de dinheiro”, diz Pinky.
Idéia na cabeça, ela partiu para a pesquisa. Com a ajuda do “São Google”, como costuma chamar o site de buscas, a artista encontrou um fabricante dos malotes e fez a encomenda. Apenas algumas adaptações foram feitas na bolsa. A alça foi aumentada para dar mais conforto às clientes e o fecho foi divido em duas partes, assim ele não corre a largura toda da bolsa como no malote original da PF, o que dificulta a abertura.
Pinky conta todos os detalhes da “criação” sem receio. “Sou totalmente a favor do ‘copy free’”, diz, dando “carta branca” a quem quiser copiar o modelo do acessório.
A Polícia Federal não considera um problema a cópia dos modelos, desde que eles não estampem o emblema da corporação.
Hit
O acessório pronto e exposto, virou ‘hit’ da loja. A bolsa foi feita em três tamanhos: P, M e G. A maior tem 50 cm de altura por 35 cm de largura e sai por R$ 170. A média tem 40 cm de altura por 30 cm de largura e sai por R$ 110. O menor tamanho, de 30 cm de altura por 25 de largura, não é mais vendido.
“A graça é que é um malote de verdade”, conta Pinky, que obedeceu até as cores dos malotes originais. As bolsas são confeccionadas apenas nas cores azul (banco), verde (correios), preto (polícia) e amarelo.
"São Google"
O “São Google” mencionado no texto acima, aliás, tem sido tão prestativo às atividades da artista plástica que, “para agradecer às graças alcançadas no ofício”, decidiu no ano passado criar as fitinhas do “santo” na época do Natal. As tiras de tecido sintético imitam as feitas em homenagem a Nosso Senhor do Bonfim e Nossa Senhora da Conceição. O adereço, porém, não está a venda. “É presente.”
Comentários